Sei que não é muito habitual, mas além da minha formação em Fitness, Treino Personalizado, Pilates, ao longo da minha vida, fui tirando formações nas áreas mente-corpo e terapias complementares que me dessem uma perspectiva mais abrangente e holística de saúde e de bem-estar. Para mim mente, corpo e emoções devem estar alinhados e em sintonia para se ter uma boa saúde e para se estar em forma. Essa crença e confiança que tenho em métodos naturais que ajudam a ter uma boa saúde, levou-me a formar-me como Hay Teacher (facilitadora do Método Louise Hay, um Método de transformação pessoal), Terapeuta de Reiki e Terapeuta Floral. No meu dia-a-dia utilizo os ensinamentos de todas estas áreas de formação e é nesse sentido que decidi escrever este artigo.
Vamos passar à lista de crenças limitadoras que te impedem de ficar em forma, caso seja esse o teu objetivo.
1 – Eu sempre tive excesso de peso e na minha família todos têm excesso de peso
São várias as mulheres que me abordam com a intenção de perder peso que têm esta crença sobre elas mesmas. Esta crença limitadora prende-as numa zona de conforto e, simultaneamente, também numa zona de desespero ou desânimo total, em que acham que não podem fazer nada ou por mais que tentem não vão conseguir controlar o peso.
À medida que converso com elas, compreendo que muitas foram educadas sendo obrigadas a comerem tudo o que tinham no prato. Acredito que muitas de nós tenham sido educadas assim, ou todas conhecemos alguém que tenha sido educada dessa forma e forçada a deixar o prato sem comida. Muitos pais podem ter educado os seus filhos desta forma com a melhor das intenções, mas na prática levou a que muita gente tivesse sido condicionada para comer uma maior quantidade de comida de que necessitaria para estar saciada, sendo que o estômago também se adapta à quantidade de comida que habitualmente ingerimos. E quanto mais comida ingerirmos, de maior quantidade de comida iremos necessitar gradualmente para que nos sintamos saciados.
Por outro lado, está provado que, no que toca ao excesso de peso, apenas 30 % de devem a questões genéticas, sendo os restantes 70 % referentes a hábitos de alimentação e estilo de vida. Constato que grande maioria das pessoas atualmente tem péssimos, péssimos hábitos alimentares, onde quase não se bebe água, consumindo-se, no entanto, grande quantidade de calorias vazias, e não se ingerindo quase nenhuns vegetais e legumes na alimentação diária.
A realidade é que apenas uma minoria dos casos de excesso de peso está relacionada com problemas de saúde. No entanto, manter maus hábitos alimentares e de sedentarismo ao longo da vida, podem levar ao desenvolvimento de inúmeros problemas de saúde, entre os quais diabetes, problemas cardiovasculares, hipertensão, desgaste articular, nomeadamente da articulação dos joelhos, ancas e tornozelos e até alguns tipos de cancro…
Posto isto, a crença de que sempre se teve excesso de peso ou de que toda a gente na família tem excesso de peso, pode constituir um convite à auto-análise, ao desenvolvimento pessoal e à mudança de hábitos alimentares e de estilo de vida que se possam levar para a vida toda.
Deixo-te como sugestão algumas afirmações positivas que podes usar diariamente para anular esta crença:
- Eu tenho um corpo saudável
- Eu liberto-me da necessidade de ser igual a toda a gente na minha família
- Eu estou consciente de que posso sempre escolher o que é melhor para mim, sem precisar da aprovação dos outros
2 – Sempre que tento perder peso, volto a recuperá-lo
Vamos por partes:
Com que expetativas inicias um programa de controlo de peso? Pensas nisso como algo que funciona como uma espécie de punição? Como algo com princípio, meio e fim? Como algo que adias para a próxima segunda-feira, para a próxima Primavera, para o próximo ano – porque agora vem o Inverno?… Tens a ideia de que uma dieta é algo doloroso e restrito e quando a iniciar já só pensas em terminá-la e acabar com o teu fardo para poderes voltar a comer comida “normal” (sendo que aquilo que se considera normal tem muito que se lhe diga!).
Coloquei estas questões, porque a justificação para a tua crença de que sempre que perdes peso, voltas a recuperá-lo, pode residir precisamente na forma como encaras um processo de controlo de peso.
A realidade é que ninguém consegue controlar o peso para toda a vida, a não ser que aposte numa mudança de hábitos de alimentação para toda a vida. Ou seja, se a tua dieta for temporária, os teus resultados também serão. E isto acontece com qualquer tipo de dieta que experimentes: com a dieta cetogénica, do paleolítico, com o jejum intermitente, com a dieta passada pelo nutricionista do bairro, do hospital privado, pelo médicos dos famosos, ou se seguires a dieta da farmácia ou daquela empresa onde pagas 1500 € para fazeres tratamentos através de uma empresa de crédito. Pior, se a dieta que seguires for muito restrita, quando voltares a ter uma alimentação “normal”, o teu organismo vai ficar tão carente de nutrientes que, assim que voltes a comer como comias antes da dieta, vai absorver tudo e engordar tudo de novo…
Posto isto, e para evitares fazer parte da esmagadora maioria de pessoas que passa o ano em dietas yo-yo, que nunca levam a nada de proveitoso ou útil, aposta sim na reeducação alimentar e em alterar de forma permanente e definitiva hábitos de estilo de vida que vão o máximo possível ao encontro dos teus gostos pessoais. Sim, é permitido comer pizza ou gelado quando fazes reeducação alimentar. Simplesmente esse tipo de alimentos deve ser a exceção e não a regra.
Deixo-te como sugestão algumas afirmações positivas que podes usar diariamente para anular esta crença:
- Eu faço boas escolhas alimentares todos os dias
- Eu dou ao meu corpo todos nutrientes de que ele necessita
- Eu escolho fazer diariamente atividades físicas que me deem prazer
3 – Já sou velha para estar em forma
Lamento informar-te mas isso é mentira! Pesquisa, por favor, por Ernestine Shepherd no Google e deixa-te inspirar por essa senhora de 80 anos 🙂
Tal como disse num dos meus vídeos, que podes ver aqui a minha grande motivação para me manter em forma todo o ano passa precisamente por, durante anos e anos a fio, ter ouvido várias mulheres à minha volta a tentarem-me contagiar com as suas crenças limitativas sobre o corpo e a boa forma. Eu lembro-me tão bem quando tinha 18 anos, de ver raparigas um pouco mais velhas que eu, com 25, que tinham engordado imenso e isso aterrorizava-me. Na verdade, aquilo que me aterroriza é eu sentir que a minha cabeça é incapaz de controlar o meu corpo. Dei por mim a pensar que talvez isso acontecesse a todas as mulheres, com o avançar da idade, como se não houvesse forma de fugir. Nessa altura não me ocorreu que essas mudanças tivessem simplesmente a ver com descuido ou desleixo. Mas como sou muito teimosa e não gosto de seguir o que os outros fazem, eu decidi que não iria deixar o mesmo acontecer-me.
Muitas vezes as pessoas não veem o esforço por detrás do resultado de uma pessoa, e pensam que simplesmente tem a sorte de ter uma boa genética. Mas não é assim que funciona. Ainda há poucos dias me recordo de estar a falar com alguém sobre estas questões e veio-me à lembrança a altura em que andei na natação, na minha adolescência. As aulas eram ao fim do dia e acabavam já tarde. Nessa altura, eu recordo-me perfeitamente de chegar a casa esfomeada para jantar, de tal forma que devorava tudo o que via à minha frente, mas tudo mesmo, sobretudo batatas fritas com bifes e molhos e nem imagino mais o quê. o que é fato é que nessa fase da minha vida eu ganhei uma barriguinha que não gostei nada de ver! E penso que tenha sido até nessa altura, com os meus 15 anos talvez, que pela primeira vez fiquei sensibilizada para a questão da estética corporal e a comecei a associar a uma alimentação saudável e não apenas à prática de desporto. Quando me dei conta da minha pancinha, pensei logo “mas o que é isto?!” E pus mãos à obra para voltar a ficar com uma barriga lisa!
Contei-vos esta pequena história pessoal para ilustrar também o como, ao longo da vida, simplesmente precisamos de ouvir o nosso corpo e de afinarmos pequenos detalhes com vista ao nosso bem-estar. Quer queiramos, quer não, o nosso bem-estar passa pela nossa autoestima e passa pela nossa autoimagem e isso, inevitavelmente, passa pela nossa aparência e a forma como nos sentimos em relação a ela, tenhamos a que gostaríamos de ter ou não. A forma como a mudamos ou aceitamos o que não podemos mudar.
Com a perspetiva de chegar aos 30, disseram-me que nessa altura é que o meu corpo ia mudar; depois aos 32, depois aos 35… NUNCA dei ouvidos! Simplesmente pensava que era a crença da pessoa e não a minha. E aqui estou eu, com quase 38 anos, e a fazer diariamente tudo o que devo para ter a minha melhor forma de sempre.
Não importa com que idade começas, importa sim que estejas disposta a mudar e que estejas recetiva a aprender e determinada a atingir objetivos nesta área.
A partir dos 30 anos, nós perdemos 1 % de massa magra por ano. Como contrariar isso? Pratica musculação e aprende a comer de forma saudável para toda a vida.
A manutenção ou perda de massa magra anda sempre agregada à manutenção ou perda de massa óssea. Como contrariar isso? Pratica musculação e aprende a comer de forma saudável para toda a vida. analisa também a quantidade de cálcio que estás a ingerir diariamente.
O metabolismo torna-se mais lento com o avançar da idade? Relê os últimos 2 parágrafos e tens a solução para reverter um “metabolismo lento”.
A nossa melhor arma, quando queremos ter um corpo em forma, é a força mental. E isso é algo que se desenvolve e fortalece se quisermos e se formos persistentes e comprometidos. Apenas se manifesta no corpo.
Deixo-te como sugestão algumas afirmações positivas que podes usar diariamente para anular esta crença:
- O meu corpo está sempre a fazer o seu melhor para eu ter uma boa saúde
- Eu cuido bem do meu corpo diariamente
- Eu descubro constantemente novas formas de melhorar a minha saúde
Por agora é tudo. Fica atenta ao lançamento do meu próximo artigo: a verdade que nunca ninguém te contou sobre como controlar o apetite. Até lá! 😉
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Fabuloso colega 👏👏👏👏👏
Obrigada, João 🙂
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